quarta-feira, 4 de março de 2009

Pela Zoorapa - 1ª Parte

Ao tomar conhecimento deste blog, lançado pelo meu camarada Bernardo Biê e ler seu artigo sobre a trip para a Europa senti vontade de também compartilhar algumas das muitas experiências que venho tendo ao longo deste ano, o qual decidi me dedicar principalmente a escalada. Minha viagem começa efetivamente, como já comentado pelo Bie no dia primeiro de maio, coincidentemente dia do trabalhador, coisa que venho tentando deixar de ser desde dezembro de 2007, quando esta viagem começa a ser idealizada. Aos 27 anos formado em ciências sociais e trabalhando com projetos sociais voltados a crianças e jovens de populações carentes vinha crescendo minha insatisfação com minha vida profissional e a gana de me dedicar à escalada além dos fins de semana crescia a cada momento. No meu aniversário de 28 anos, após participar de mais uma entediante reunião de trabalho que não tratava dos reais problemas a serem resolvidos segui para a sede da minha ONG e pedi que me demitissem como presente de aniversário. A partir de então começava o planejamento de viajar para Europa com o troco que eu tinha juntado e a indenização trabalhista pelos últimos 2 anos de trabalho. A principio éramos 4: eu, Bernardo Biê, Lucas Jah Marques e Rafael Bebezao que dizia que quando um de nós comprássemos a passagem ele compraria na seqüência. O Lucas sem falar com ninguém comprou para Paris, o Biê foi o primeiro de nós a vir, com destino a Itália, eu resolvi encontrá-lo, pois tinha bastante vontade de conhecer este país e o Bebezao eu to esperando até hoje rsrsrsrs. Como nunca fui muito dedicado aos treinos em muros e até o ano de 2006 só havia escalado no rio e em Niterói minha escalada esportiva era limitada a malhar vias, conseguindo encadenar ate um 9c brasileiro, mas apanhando de muito oitavo grau fora de casa e com o grau de escalada a vista limitado a alguns 7a. Como já contado pelo Bie neste blog nessa viagem escalamos buscando conhecer o maior numero de metros de rocha possível e a preocupação com cadenas em si ficava em segundo plano. Só de estar num pico como Arco já era fantástico, conhecendo setores incríveis e vias alucinantes. Após esse período seguimos para Céüse, onde se encontra a famosa Realization com o objetivo de encontrar o Lucas.... não sei explicar o porque mas Céüse nunca me chamou muito, todos com quem falávamos que iríamos passar pelo menos 2 semanas lá diziam que era sofrido, falavam da caminhada e eram poucos que nos incentivávamos.
 Biê e Caio na Trilha para Ceüse
Chegando em Gap a chuva não dava trégua, e assim foi durante muitos dias, lembro da primeira vez que cheguei na base da pedra e ...... não achei nada demais.... havia visto setores muito mais interessantes em Arco com um esforço muito menor, ao contrário percebia o Bie, que a cada dia que passava se encantava mais com o pico. Após 15 dias me sentindo em uma expedição patagônica, um casal de americanos me ofereceu carona para Rodellar, pico que planejava ir após a volta do Biê para o Brasil. Apesar da companhia dos dois não ser exatamente agradável e de me sentir mal em deixar meu camarada largado sozinho lá no camping (embora tenhamos chegado ao consenso de que era uma boa oportunidade para eu ir para a Espanha e que ele no meu lugar faria o mesmo) decidi subir com chuva na manhã seguinte resgatar as costuras de uma via que entrei um par de dias e depois molhou, e no caminho de volta o sol já nos aquecia com seus raios luminosos... acho q eu e Céüse realmente não combinamos....
                           Lucas "Jah" e Biê em Ceüse
No dia seguinte, chegando em Rodellar já me sentia outra pessoa. Sol, clima ameno e após uma caminhada de 10min chegava a um cânion difícil de descrever sem dizer que parece um parque temático elaborado para escaladores. No primeiro momento à base do primeiro setor que conhecemos apareceu a Petra, uma escaladora da República Tcheca que estava trabalhando em um dos campings do point e estava sem parceria para escalar. Me deu segurança em um 6c+(7b BR) e logrei êxito na primeira cadena a vista nesse grau, agora sim sentia que estava no lugar certo, embora a falta de parceria fosse um contra.
Como nem tudo são flores, após 10 dias em Rodellar a preocupação com minha situação financeira ia tomando grande espaço na minha mente e após tentar trabalhar no camping sem êxito, fui a Barcelona onde graças ao Hugo que me botou em contato com seu irmão Mauro comecei a trabalhar como recepcionista noturno no hostel que ele gerencia... iniciava a era das trevas para minha escalada.... vida 100% noturna, alimentação 100% trash, enfim tudo que eu queria evitar veio ao meu encontro. Mas não posso reclamar, pois a galera do hostel era super gente boa e eu me diverti muito durante os 3 meses que passei lá.
Não tardou e Jah bateu a minha porta, vindo de uma carona direta de Céüse para a porta da minha casa, trazendo uns camarões muito apetitosos que ganhara de presente. Enquanto apreciávamos um destes camarões ele me contava das escaladas com o Biê, da galera de Gap e ia me lembrando o que eu vim fazer aqui: Escalar!!!!
                                   Caio e Lucas em Monsant

Pela Zoorapa - 2ª Parte

Passei a planejar minha volta para a rocha, mais especificamente para Rodellar. Entrei em contato com a Janaína Xavier (Jana) e marquei minha saída do hostel para o dia 11 de setembro quando o Lucas já teria voltado de uma viagem ao Boom Festival em Portugal e, graças a Jana teríamos uma carona para Rodellar com o Joseva, escalador local.
De volta ao paraíso paguei todos os meus pecados cometidos em Barcelona (que acreditem, não foram poucos) com toda a gana do mundo consegui encadenar um 6b(6º br) no limite, ao provar um 6c(7a br) na seqüência sofri para isolar os lances.... mas não me deixei desanimar e apenas 2 semanas depois saiu o meu primeiro 7a+ ( 8a BR)a vista – um dos objetivos da viagem.
Passamos dois meses de muitas alegrias e diversão no pico, além de um reforço no time brazuca: Ricardo Shein, Sidney Shimitz e sua namorada Gizele chegaram e ao todo somávamos 7 brasileiros em Rodellar, pois além desses 6 tem a Carol que mora lá. Com o Fim do Outono veio a chuva e as chorreiras começaram a molhar, mesmo não querendo se despedir do pico fomos obrigados, pois não existe transporte público e todos os escaladores estavam vazando, temendo ficar sem uma carona fomos praticamente os últimos a sair de lá. Agora o destino era Siurana.Após minhas experiências anteriores percebi q a hospedagem era o que mais pesava no bolso e parti p Siurana decidido a não ter esse gasto, investi uma grana num bom saco de dormir e um bom casaco e fui sem sequer levar uma barraca, estava decidido a bivacar no pico.
                                 Caio e Lucas no abrigo
Siurana é mais um lugar fantástico, muitos setores e vias, embora que para alguns deles seja recomendável ter um carro é possível aproveitar bastante do local sem veículo mesmo. Após alguns dias fomos ao camping procurar trabalho e conseguimos ter hospedagem gratuita em troca de recolher o lixo (coisa que nos demandava cerca de 20 min por dia, verdadeira moleza). Apesar do frio intenso (abaixo de zero, chegando a -5 ou -6 de madrugada) não fiquei desconfortável e a escalada rendia, embora ainda não tivesse buscando vias muito duras e mantendo a idéia de melhorar minha escalada a vista, provei um 7c (9a br) e esse tive ganas de trabalhar mais. Minha namorada estava para chegar do Brasil em Barcelona e após 4 tentativas na via fui buscá-la e passei 5 dias na babilônia, mas a via não me saia da cabeça. Quando voltei aqueci em um 6a com a Cris e fui para minha via que, não sei se por causa dos dias de descanso ou pelo animo do amor me saiu na quinta tentativa, coisa que para mim era inédita, pois nunca havia feito uma via desse grau em menos de 20 (?) pegues. Uma semana mais de friaca invernal em Siurana e era momento de buscar um pico mais confortável, Lucas decidiu voltar ao Brasil, Ricardo ficou por lá mesmo, o Sid e a Giz foram descendo para o Sul parando pelo caminho e o mesmo fez a Jana, enquanto eu e Cris fomos direto para o El Chorro, um dos principais picos de escalada do inverno europeu.
Lá chegando fomos ao camping e a chuva castigava. O camping não oferece nenhuma estrutura e não nos restava muito o que fazer além de comer, namorar e jogar cartas, quando o tempo dava uma trégua buscávamos algum lugar seco para escalar. Nos primeiros dias tivemos uma má impressão do local, os setores não nos agradavam e as linhas aparentemente mais interessantes estavam molhadas. Estávamos a beira da depressão quando resolvemos ir conhecer o Maquinódomo, o setor mais famoso e distante, ficando a aproximadamente 1h de caminhada da cidade de El Chorro. Lá chegando encontramos o lugar onde queríamos estar, várias lindas linhas em negativo constante, com chorreiras alucinantes e lugares para bivacar, entre os quais o que mais chamava a atenção era uma grutinha equipada para se morar, com mesa, lugar para se cozinhar com fogo e acreditem: até um sofá! Obviamente havia gente neste último local, mas não desanimamos e planejamos ir a Málaga fazer compras e subir p ficar no Maquinódromo esperando que os ingleses que habitavam a gruta não permanecessem por lá muito tempo.
Caio e Cris na caverna em Maquinodromo
Os três dias que se seguiram foram de muita água por parte de São Pedro e concordamos que no quarto dia subiríamos logo que amanhecesse,na chuva ou não, pois acreditávamos que talvez os dois tivessem desistido de ficar lá com o mal tempo. Acordamos com os passarinhos e para nossa surpresa fazia um lindo dia de sol, subimos carregados como duas mulas, com equipo de escalada e de camping, comida e roupas e o esforço foi recompensado, ao chegar a gruta era toda nossa. Havia um fonte de água a 15min e de duas em duas semanas tínhamos que ir a Málaga para fazer compras, o resto do tempo era escalar, escalar e escalar!!!  Após um mês de El Chorro minha amada teve que partir para Cadiz onde esta cursando um mestrado mas a Jana subiu p cueva onde ficamos mais um mês, e neste momento era chegada a hora de escolher projetos fortes e tentar, tentar e tentar a muerte!!! Após encadenar nossos primeiros projetos começamos a entrar na Lourdes, uma linda via de 30m, graduada em 8a(9c br), recheada de chorreiras e em um negativo (bem negativo) constante. Um clássico, não só pela linha em si, mas também por ser o primeiro 8a da Espanha. Infelizmente, uma vez mais, o clima não colaborou e após dias de chuva torrencial a via estava completamente molhada... o psicológico ficou abalado e era difícil de se motivar, decidimos que nossa temporada no El Chorro estava terminada.
Agora descanso um pouco em Cadiz, junto do meu amor e no carnaval vamos a pico chamado San Bartolo, famoso por seus boulders em arenito, de lá creio que retorno para Siurana e Rodellar, mas como dizem: o futuro a Deus pertence. Espero que ele tenha reservado um futuro de muito climb p mim rsrsrsrs
Abaixo seguem informações que considero úteis para aqueles que queiram se aventurar por essas bandas:
Arco: Lindo vale, lotado de vias e setores, porém o acesso a estes sem veículo é bastante limitado. Quanto a lugar para ficar creio que é possível bivaquear em alguns setores, porém a prática não é comum e creio que não é vista com bons olhos pelos escaladores locais, acredito que o melhor seja buscar o camping ou pousadas. A melhor temporada creio que seja entre maio e inicio de outubro.
  Arco - Pueblo
Céüse: Falésia fantástica com 3km de rocha ininterrupta, é possível chegar lá sem carro a partir de Gap pedindo carona, coisa bastante comum e não muito difícil de se conseguir. O que desanima é a trilha bastante puxada, mas só é necessário subir com o equipo um vez, praticamente todo mundo deixa a mochila na base da falésia. É possível bivaquear lá em cima, mas não é permitido nem recomendável. Os preços do camping são bastante acessíveis (pergunte pelo trailler!!!).
 Ceüse - La Cascade
Rodellar: Nas palavras do meu amigo Juan: “Rodellar és demasiado perfecto...” Definitivamente o melhor pico que conheci. O acesso é um pouco complicado sem carro, deve-se ir até Barbastro e de lá tentar uma carona para não ter que caminhar 18km. A estrada é pouco movimentada pois termina em Rodellar. Para ficar recomendo o Kalandraka, refúgio que cobra 6,50eu a diária e oferece quartos comunitários para 4 ou 8 pessoas, existem também dois campings com bons serviços, sendo que o El Puente é um pouco melhor, porém recomendado para os que estão de carro. É possível bivacar ou realizar camping selvagem mas cuidado para não ser pego pela guarda civil, que segundo reza a lenda toma todo o equipo de camping do cidadão (saco de dormir principalmente). A melhor temporada é setembro e outubro, temperatura amena e muitas frutinhas p colher nos dias de descanso.
 Amoras em época de colheita
Siurana: Pico lindo que pode ser acessado a partir de Barcelona com um trem para Reus e na seqüência um ônibus para Cornudellia. De lá pode caminhar 7km pela estrada até chegar em Siurana, aventurar-se a encontrar a trilha que corta bastante caminho ou tentar uma carona. Para ficar existe um refúgio na cidade e o camping de Siurana, onde os donos são bastante amistosos e tem um carinho especial pelos brasileiros. Também é possível bivacar por lá, procure com cuidado que encontrará bons locais, mas muito cuidado se for fazer fogo, os locais não aprovam a realização de fogueiras devido às características da vegetação local. Se puder tente visitar MontSant, setor de conglomerado de buracos com vias verticais e negativas que realmente vale a pena. A melhor época para se visitar é a primavera e o outono pois no verão é muito quente e no inverno muito frio.
 
                                                                        Siuranella vista das Ventanas
El Chorro: O pico para se ir no inverno. Dizem que normalmente não chove muito e chega a fazer calor (coisa que ocorreu 3 ou 4 dias dos 2 meses que passei lá, mas parece que este ano foi bastante atípico). O acesso é direto por trem, de Málaga a El Chorro. Existem 2 ou 3 refúgios cujos preços giram em torno de 9eu e um camping que além de caro não oferece nada além de banheiro, realmente não é um lugar recomendável. O mais interessante do pico (além da escalada é claro) é que o bivac e o camping selvagem são totalmente tolerados e normais. Existem várias cuevas (grutas) preparadas para se habitar (com as paredes emboçadas e semi-mobiliadas), recomenda-se chegar no início de dezembro que não deverá haver dificuldades de conseguir uma destas. Caso chegue tarde não faltam lugares para realização do camping selvagem, o mais comum é ao redor da igrejinha da cidade. Em breve devo enviar mais relatos do climb de San Bartolo, até lá.
                                                          El Chorro - Maquinodromo
Por Caio Granola

Mais Ascensões do Canaval

Aproveitando o feriado do carnaval na Cidade Maravilhosa, o escalador Juliano Magalhães de Resende conseguiu a ascensão da clássica via "Filezão", localizada na Barrinha.

"Filezão" foi uma das primeiras vias da falésia, conquistada por Luiz Cláudio "Pita", cotada em 8a(fr) ou 9c(br). Com seus 27 metros de comprimento que exige muita resistência e concentração, é considerada por muitos como uma das melhores vias esportivas do Estado.







Fotos: Ricardo Cosme
Fonte: Arquivo pessoal do Juliano

Por Bernardo Biê

terça-feira, 3 de março de 2009

Verdade seja dita

Aproveitando o intervalo entre as postagens sobre escalada, gostaria de propor uma breve reflexão a todos!!!

Como esse assunto não é a proposta desse blog rapidamente envio esses pensamentos retirados dos arquivos de meu amigo Rodrigo "Risada" para ser multiplicado a todos.




                                                                             Fonte: Imagens de Rodrigo "Risada" 

Por Bernardo Biê

segunda-feira, 2 de março de 2009

Carnaval em 7 Lagoas

Dia 28 de fevereiro de 2009, começava a aventura para o calcário mineiro da cidade de Sete lagoas, com os integrantes:Joana Carvalho, André “Godof”, Marcio “Cherife e Guilherme “grilo”. Nossa jornada a um novo pico de escalada começou com um sol escaldante e transito intenso na estrada, mais nada que nos desanima-se a escalar. Chegamos no começo da tarde na cidade e logo fomos ao encontro do escalador Peixe (único escalador local existente), mineiro gente boa nos ajudou a achar um local para ficarmos e nos levou para mostrar o caminho da falésia.

No dia seguinte estávamos na fissura para escalar, quando tivemos a ótima surpresa do escalador Fernando Brito que havia virado a madrugada dirigindo para encontrar com a galera. Chegando na falésia nos deparamos com vários setores com mais de 100 vias de escalada, infelizmente ou felizmente pensando bem melhor, não tínhamos o croqui das vias e o peixe havia viajado para conceição e só voltaria no outro sábado depois do carnaval, que seria nosso ultimo dia de escalada. Começamos a escalar as vias que nos agradava visualmente sem ter a menor idéia do grau, uma sensação bem estranha no começo pois não sabíamos onde estávamos nos metendo. 
O plano do climb era três dias de escalada um de descanso e mais três dias de escalada. Os primeiros três dias não apareceu nenhum escalador, a falésia era nossa, ah já ia esquecer falar, são vários setores colados um no outro com negativos de 45° a noventinhas e a distancia de um pro outro era menos de dois minutos. 

Estávamos no paraíso do climb exclusivo para gente. Nos adaptamos a pedra rápido e começamos a sugerir nossos próprios graus, a medida que mandávamos uma via sempre vinha aquele sorriso e aquele berro essa via é a mais maneira da falésia e isso persistiu até a ultima via escalada.
No dia de descanso o escalador Bernardo Paiva (Biê), apareceu na cidade aproveitando que estava passando o carnaval com sua namorada em BH e deu um pulinho de um dia para escalar conosco. Com o seu visual novo devido ao piolho estava com a cabeça raspada, o grilo o acompanhou para lhe fazer a segue. Com menos de duas horas já havia feito 5 vias sendo que 2 avista, 2 de flash e uma trabalhada, resumindo passo o rodo hahahahahah!!!!!

No dia seguinte o grilo havia acordado bem adoecido, com febre e garganta inflamada, mas mesmo assim resolveu ir para falésia para não ficar em casa sozinho. Joana possuía umas balas “mágicas” de gengibre, que ofereceu para o grilo, que fez ele se sentir melhor e começar a escalar. Nas primeiras vias escaladas do dia ele começou a suar frio mesmo assim a fissura foi maior e continuou a escalar, à cada via que entrava se sentia melhor. No final do dia nem ele havia acreditado tinha feito 8 vias avista e flashs e caído somente na ultima entrada do dia pois estava escuro indo para ultima costura . Nesse dia havia aparecido um pequeno grupo de paulistas vindo da Serra do Cipó e nos contou que lá estava superlotado, tendo que pedir senha para subir na via e ainda havia chovido lá. Nesse momento tínhamos certeza de te feito a escolha certa do pico de escalada.
No último dia de Climb havia chegado a galera de BH e o peixe para escalada,e nos deram algumas dicas de vias fileis que agente ainda não havia entrado. Essa trip foi algo surreal dos 5 integrantes todos saíram muito felizes da falésia, satisfeitos . Brito havia feito varias vias de dinâmicos, sorria a toa, Joana havia mandado seu primeiro sétimo grau, Godof havia feito todas as vias que entrou, o grilo conseguira fazer varias vias de primeira e finalmente Marcio nunca havia feito tantas vias em tão pouco tempo aproximadamente umas 40 vias. 
Resumindo a viagem “OBRIGADO SENHOR”.


Por Guilherme Taboada