sábado, 18 de agosto de 2012

Episódio 5 - Programa "Montanhistas" - Via "K2"

O programa exibido na última quarta feira apresentou uma das vias mais clássicas da Cidade Maravilhosa, num dos cartões postais mais conhecidos no país e no mundo: O Corcovado.

A via "K2" foi a escolhida para apresentar essa montanha incrível que abriga no topo a estátua do Cristo Redentor.

Traçado da via "K2" no Corcovado.

A "K2", ou "Paredão K2" como também é conhecido, é a via mais freqüentada da montanha. Diferente das demais, a via começa bem alta e ainda no primeiro esticão já é possível sentir e observar o vazio abaixo. Disposta na face leste da montanha o visual é exuberante de toda cidade, unido a isso a qualidade da escalda e as características dos lances, fazem dessa via uma das mais prazerosas.

O clima e o astral da equipe estava totalmente harmonioso nesse dia e, mais uma vez, a criatividade com a câmera nas mãos proporcionaram imagens belíssimas de ângulos bem diferentes e inusitados.

Decidimos por revezar as guiadas e dessa vez eu comecei guiando. Como levamos algumas proteções móveis resolvi não utilizar os grampos da primeira enfiada, o que trouxe um pouco mais de emoção durante os lances, já que o diedro inicial é protegido por peças pequenas. 

Hugo Langel e Bernardo Biê durante a escalada na via "K2" no Corcovado. Foto: Seblen Mantovani/Canal Off.

Hugo tocou a segunda enfiada, diferente da primeira, as agarras são menores e os lances mais delicados. Com maestria chegamos ao famoso lance do "palavrão" na minha vez de guiar. Apesar dos lances serem tranquilos não há proteção fixa nos primeiros metros, não é nada aconselhado cair ali, mas logo depois a via facilita bastante até chegar a um grande platô. Dali Hugo nos guiou até o cume num fim de tarde alucinante. Chegamos aos pés do menino Jesus nos últimos raios de sol, fomos abençoados com um majestoso pôr do sol e uma vista panorâmica da cidade do Rio de Janeiro, finalizando esse episódio com chave de ouro, diante da benção de Deus e da beleza natural do nosso país.



Por Bernardo Biê