Esse último fim de semana estivemos hospedados no Refúgio das Águas (Sérgio Tartari) para conhecer a região dos Três Picos em Salinas.
Chegamos por volta de 1h da manhã de sábado para acordar as 6h com o intuito de escalar a clássica via "Face Leste" (ou "Leste") no Pico Maior. Exatamente as 6h da matina eis que um pequeno sabiá bicava a janela do quarto como um despertador. Depois de pegar boas dicas com nossos companheiros, começamos a longa trilha numa hora considerada tarde e as 9:50h iniciamos a escalada.
Concluímos seus aproximados 700 metros as 14:50h, um tempo razoável, porém a maior dificuldade estava em acertar a via de rapel. Essa foi a parte em que contamos com um misto de "sorte" e "feeling", onde todas as dicas foram dando certo de alguma forma, já que no fim das contas descobrimos que não rapelamos pela via indicada. Além disso foi o tempo exato de chegar na base da montanha ao anoitecer e dar início a próxima etapa que consistia em achar a trilha de volta.
Seguimos as dicas que nos foram dadas e no meio da escuridão e das nuvens encontramos lanternas. Eram escaladores que estavam descendo do Capacete (montanha que fica ao lado do Pico Maior). Encontramos com eles onde as trilhas se unem e descemos juntos.
Depois de uma noite de sono merecida, acordamos tarde no domingo e com calma nos preparamos para escalar a via "Roberta Groba" no Capacete. Fomos em 6 escaladores para fazer vias próximas uma das outras com o intuito de encontrarmos no cume e descer todos juntos. Dessa vez ficamos bem atentos na trilha e maravilhados com o visual do Vale dos Deuses - que dá acesso a maioria das vias do Capacete.
Mais uma vez chegamos tarde na base da via e para encontrar os outros escaladores tínhamos que escalar rápido, já que éramos os únicos que não conheciam o local nem a escalada que iríamos fazer. Mas não foi o que aconteceu, pelo menos nas primeiras enfiadas. Comecei guiando, sentindo o cansaço do dia anterior não consegui encaixar o ritmo que precisávamos nas 4 primeiras enfiadas e isso nos atrasou um pouco, mas meu parceiro de cordada acelerou e deu tudo certo. Encontramos todos no cume e ainda curtimos a incrível energia do lugar antes de começar o rapel. Chegamos a noite no refúgio, depois daquele rango esperto voltamos para a babilónia cansados mais energizados com os ares da serra.
As impressões foram as melhores possíveis, desde o refúgio até todos os outros elementos que compõe a escalada no local. Principalmente o magnetismo das imponentes montanhas que brilham aos olhos dos escaladores. Assim que tiver outras oportunidades estaremos de volta com muita vontade de subir preda.
Nossos agradecimentos aos escaladores que tornaram possível essa rápida visita, além das dicas e apresentação do lugar: Bernardo, Daniel Araújo e Neto. Valeu Galera!
Fotos: Bernardo Biê
Vídeo: Loucos de Preda
Por Bernardo Biê
uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
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