Até onde sei, a via foi aberta nos anos 90 pelo Marcelo Ramos e no início foram colocadas agarras de plástico na primeira sessão e no trecho final - respectivamente no que atualmente é o primeiro crux, que precede a fenda que caracteriza a via, e no segundo crux na parte final antes da corrente, além de terem cavado um tridedo em um abaolado que logo depois foi devidamente tapada.
Na época, dessa maneira, era ela cotada em 7b+ francês ou 8c brasileiro. Logo fortes escaladores como: Alexandre Portela, Helmut Becker, Fábio Muniz, Ralf Cortês, Pita entre outros, isolaram os lances e retiraram as agarras de plástico tornando a via um 8b francês ou 10b brasileiro que teve sua primeira ascensão pelo Helmut Becker ainda em meados dos anos 90
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Assim foi por um bom tempo, porém, após a quebra da primeira agarra (imensa por sinal) o lance ficou muito difícil e até então nenhum escalador havia isolado. Depois de um tal de cola e descola a agarra, por conta de alguns desentendimentos, a via acabou ficando sem ela e com isso ficou sendo considerada do segundo lance para cima com a mesma cotação (8b(fra) ou 10b(bra)) e assim foi encadenada por alguns escaladores.
Há pouco mais de um ano atrás o escalador brasiliense Pedro Raphael descobriu uma nova saída do chão, um pouco mais a esquerda da linha original, e após fazer a via do segundo movimento em diante passou a acreditar que essa seria mais difícil se feita do chão, desta forma sugeriu a graduação de 8b+ francês ou 10c brasileiro para uma possível ascensão integral, ou seja, do chão até a corrente.
Recentemente o escalador paranaense Fábio "Moleza" conseguiu isolar o primeiro movimento usando a linha original - nota-se que ambos escaladores contam com uma boa envergadura o que tornou possível o lance, já que se trata de um longo reboteio entre duas agarras boas - abrindo as portas para a ascensão integral.
De carona com esses mestres das preda tudo, vim trabalhando a via em paralelo a alguns projetos que tinha visado para esse ano, além de pendências anteriores. Em poucas entradas - com a ajuda da boa estatura e envergadura - consegui isolar o lance do chão e cheguei a cair no segundo crux da via (3 costuras do final), fiquei animado com a possibilidade que se abria diante de mim.
Depois de concluir alguns projetos pessoais que ficaram "pendentes" do ano passado, resolvi dar mais atenção a essa via, porém, o corpo fraquejou e acabei recentemente tendo uma lesão no ombro direito que me tirou a confiança e a motivação. Mesmo lesionado, fiquei um tempo escalando sob suspeita e muito exitante evitando de entrar em vias e movimentos duros, principalmente para o ombro. Semana passada ao chegar no C.E. 2000, vi que tinham deixado a via toda equipada, linda, com as costurinhas balançando ao vento e não resisti. Comecei a entrar da fenda para cima (da terceira costura em diante), ainda com cautela, mas como fui muito bem logo de cara, recuperei ânimo e me vi dominado novamente pela certeza absoluta de que era possível.
No último domingo, entrei bem novamente mas não consegui fazer o primeiro movimento, mesmo tendo tentado diversas vezes. Confesso que fiquei um pouco frustrado, mas ainda sim a certeza me acompanhava.
Hoje, terça-feira 14 de julho, após uma boa noite de sono e um bom café da manhã, além da companhia de bons amigos, surpreendentemente o primeiro movimento saiu na primeira tentativa, mas mesmo assim deixei a oportunidade passar ao cai no segundo movimento (também muito difícil e instável). Tentei mais algumas vezes e depois de acertar com certa facilidade só fui me deparar com o que estava acontecendo quando escutei a comemoração do meu irmão que estava fazendo minha segurança, nesse momento a ficha caiu e estava diante da última costura.
Trabalhando a via "História sem fim" do segundo movimento em diante
Sendo assim optei por manter a cotação sugerida por aqueles que entendem do assunto, apesar de não ter sido a via que mais me exigiu, principalmente pelo prazer que é escalá-la, tenho a impressão que realmente é uma via dura.
Como disse uma vez um mestre de preda: "Celebrar um pouco e procurar o próximo desafio, pois a busca nunca termina".
Em breve posto o vídeo da cadena que foi feito as pressas enquanto subia a via.
Fonte: Arquivo pessoal.
Editado em 15/07/2009 - 16:30h
OBS: "Histótia sem fim" - Conquistadores: Marcelo Ramos e Eduardo Peixoto em 1990.
Por Bernardo Biê
entrei aqui pelo o blog da galera, http://enlacasademaria.blogspot.com/
ResponderExcluirTa bem irado aquele video o o blog de vc's.
abraço
kmonnnnnnnnnn playboyyyyyyyyyyyyyyy
ResponderExcluir10ccccccccccccccccccc
em busca do onzemoooooooooooooooooo
namaster
Kmommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
ResponderExcluirParabéns!!!
Bjao
Roberta
Fala Professor!!
ResponderExcluirParabéns pela cadena! Vc merece!
Abç,
Juliano Magalhães
Parabéns, Biê! Muito bom!!!
ResponderExcluirvaleu titiooooooooooo!!!!! entonces!!!!!!!!!
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